segunda-feira, 17 de junho de 2013

Manifestações Agressivas

Manifestação no Rio tem bomba e correria nas escadarias da Alerj


Os manifestantes que seguiram da Cinelândia para a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), nesta segunda-feira (17), no centro da capital fluminense, envolveram-se em uma confusão iniciada após a explosão de uma bomba na rua Araújo Porto Alegre, nas imediações da ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Os manifestantes soltavam fogos de artifício no momento em que a bomba explodiu.
Segundo informações da PM, os manifestantes tentam invadir o prédio da Alerj. Um coquetel molotov foi lançado em direção ao edifício, e atingiu a porta da Alerj. Policiais militares do Batalhão de Choque utilizam balas de borracha para dispersar os manifestantes.

No centro do Rio, manifestantes envolvem-se em confusão após a explosão de bomba

Pelo menos 40 mil pessoas participam da manifestação na avenida Rio Branco, uma das principais vias do centro do Rio, segundo a PM. A polícia esperava até dez mil pessoas. Os manifestantes, que iniciaram o protesto às 17h23, fecharam a avenida Rio Branco e caminharam em direção à Cinelândia.
Houve correria e uma discussão acalorada entre os próprios manifestantes, que repreenderam a atitude dos jovens que colocaram fogo na bandeira. Passado o susto, centenas de pessoas vaiaram os punks e gritaram palavras de ordem contra a violência.
Os manifestantes reclamam do aumento de R$ 2,75 para R$ 2,95, cujo reajuste entrou em vigor no dia 1º de junho. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), já sinalizou publicamente não pretender revogar o aumento, pois o mesmo está "dentro de regras estabelecidas em contrato".
"Não são R$ 0,20. Isso é uma demanda reprimida, reflexo da falta de perspectiva dos jovens. O transporte também é péssimo. Andamos em chassi de caminhão travestido de ônibus", disse o desempregado Carlos Piragibe, 56, que participa de sua segunda passeata. "Vim em duas e voltarei em todas que tiverem", completou.

Acompanhados por três carros da Polícia Militar e mais de 150 agentes do 5º BPM (Praça Tiradentes), os manifestantes entoavam palavras de ordem e cânticos de protesto. Uma das canções tinha a seguinte mensagem: "Se a passagem não baixar, o Rio vai parar". Os organizadores da passeata improvisaram uma banda formada por jovens ritmistas.
O primeiro pelotão de manifestantes carregava uma grande faixa amarela que diz: "Não é por centavos, é por direitos". Além disso, muitas pessoas exibem flores brancas e pedem para que os curiosos tomem a avenida Rio Branco: "Vem, vem, vem para a rua vem", gritam eles.
Além da principal reivindicação, a do aumento da passagem, há pessoas que expõem suas opiniões em relação a outros assuntos polêmicos, tais como a aprovação da PEC 137, a paralisação do bondinho de Santa Teresa, as péssimas condições do sistema público de ensino, entre outros.

E Mais Manifestações

Dilma considera manifestações 'legítimas', diz ministra

Segundo Helena Chagas, presidente acompanha ação da polícia.
'Ela está encarando isso como questão normal da democracia', disse.


A ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas, afirmou nesta segunda-feira (17) que a presidente Dilma Rousseff considera "legítimas e próprias da democracia" as manifestações em várias cidades do país.
"A presidente considera que as manifestações pacíficas são legítimas e próprias da democracia e que é próprio dos jovens se manifestarem", afirmou a ministra.
Segundo ela, Dilma está acompanhando a atuação policial nas cidades, mas "não está envolvida diretamente", segundo descreveu. Nesta tarde, presidente esteve com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que fez relatos sobre a situação de segurança.
"Ela está encarando isso como questão normal da democracia", disse Helena Chagas sobre os protestos.
Questionada sobre as vaias recebidas pela presidente na abertura da Copa das Confederações, no último sábado (15), Chagas disse que "isso não tem relevância".

Os protestos, iniciados na semana passada em São Paulo por causa do aumento da tarifa de transporte, se alastraram por várias capitais desde o fim de semana. Nesta segunda, as manifestações áreas centrais de Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Maceió, Fortaleza, Belém e Vitória, além de várias cidades no interior.

Notícias Sobre as Manifestações

Ato em Pindamonhangaba dá apoio às manifestações contra tarifa em SP

Movimento classificou ainda como violenta a ação da PM na capital.
Uma série de protestos mobiliza as capitais do país nesta segunda

Protesto reúne estudantes em Pindamonhangaba. (Foto: Suellen Fernandes/G1)Protesto contra tarifa em São Paulo reuniu pelo menos 200 estudantes em Pindamonhangaba nesta segunda-feira (17). (Foto: Suellen Fernandes/G1)
Pelo menos 200 manifestantes, a maioria adolescentes, se reuniram na tarde desta segunda-feira (17), em Pindamonhangaba (SP), para apoiar os protestos contra a tarifa do transporte público em São Paulo e criticar a ação policial na capital, no confronto que terminou com feridos na última quinta-feira (20). Eles percorreram ruas da região central, o que prejudicou o trânsito na cidade.
Com os rostos pintados e narizes de palhaço, os jovens carregavam cartazes e gritavam palavras de ordem. A manifestação teve início por volta das 17h30 na Praça Monsenhor Marcondes e seguiu até o Paço, onde contou com um carro de som. Uma série de moblizações acontecem em todo o país 
A caminhada pacífica durou cerca de 30 minutos e foi acompanhada pelos policiais. Líder do movimento organizado na internet, o jornalista Flávio Hernandes, de 40 anos, disse que o movimento é apartidário e mostra que o jovem está deixando de protestar apenas na web. "É disso que precisamos, de uma democracia participativa, do jovem saindo do sofá. O povo está cansado de ônibus caindo os pedaços, de motoristas e cobradores mal educados e de ser oprimido",